SOJA
v. 8 n. 305 (2023)
Palavras-chave:
Agropecuária, Soja, Grão, Mercado, Farelo, Preço, Óleo, Covid, NordesteResumo
As projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) indicam recorde da produção mundial de soja da safra 2023/2024 com 401,3 milhões de toneladas. No Brasil, a Conab também estima recordes históricos de área plantada com 45,2 milhões de hectares, produtividade de 3,58 toneladas/ha e de produção com 162 milhões de toneladas, registrando o segundo maior valor bruto da produção (VBP) da série histórica. A safra de soja 2022/2023 deve gerar R$ 329,7 bilhões, alta de 2,97% em relação à safra 2021/2022, R$ 320,2 bilhões. O VBP é o maior dentre os produtos agropecuários, representando 28,8% do total de R$ 1,14 trilhão, segundo dados do Ministério da Agricultura de agosto de 2023. No Nordeste, os indicadores da lavoura são positivos, com altas de 6,1% da área plantada e de 1% na produção, para a presente safra 2023/24, que deverá atingir 15,4 milhões de toneladas, com VBP projetado em R$ 32,34 bilhões para 2023, recuo de 10,9% em relação a 2022, devido à desvalorização do real frente ao dólar. Problemas geopolíticos e climáticos influenciaram o mercado global de soja, com expectativa de maior oferta que demanda, nos quais têm pressionado negativamente os preços. Nestas circunstâncias o mercado futuro é complexo, porém a queda de preços pode ser limitada pelo aumento das reservas internas e do esmagamento, interrupções nas cadeias de suprimentos de países players e retomada da produção de países afetados pela estiagem da safra, como os EUA e a Argentina.