CARNE SUÍNA
v. 8 n. 303 (2023)
Palavras-chave:
Economia, Agropecuária, Carne Suína, Nordeste, ExportaçãoResumo
No cenário nacional, a lenta recuperação econômica com juros/inflação elevados e os efeitos geopolíticos externos, como o conflito Rússia vs Ucrânia, impactam na rentabilidade dos sistemas de produção de suínos. Não obstante, a guerra no Oriente Médio, pode influenciar os preços da energia, e assim, ter efeito cascata nos preços em geral. Apesar da maior disponibilidade de milho e soja deste ano com redução nos custos de produção, a atividade é altamente dependente de grãos. Ainda assim, o Nordeste foi destaque pelo volume de carne suína exportada. Um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2022, altas de 34,05% (US$) e de 26,44% (Kg). A Região faturou no acumulado de janeiro a agosto de 2023, cerca de US$ 613,87 mil com exportações de 117,61 mil t de carne suína. Todavia, ainda há grande pressão sobre o poder de compra de grande parcela da população, priorizando proteínas mais baratas, como ovo de galinha, salsicha e fígado. Entre julho e agosto, devido a maior oferta percebeu-se ligeiro aumento no consumo de carne de frango e carne suína, enquanto o consumo de carne bovina seguiu limitado. No 2T2023, houve a redução de -2,82% (de 151,22 para 146,96 milhões de cabeças) no abate regional de suínos. Uma vez que, de maneira geral, a estratégia de reduzir o abate de animais para ajuste da oferta/demanda atrelada a redução nos custos de produção tem favorecido a valorização do produto na busca de maior rentabilidade para atividade no mercado interno.