ENERGIA SOLAR
v. 8 n. 295 (2023)
Palavras-chave:
Energia Solar, Geração fotovoltaica, Geração distribuída, NordesteResumo
No final de 2022, a potência instalada mundial de geração solar fotovoltaica somava 1.047 GW, sendo a China o país líder, com participação de 37,5% do total. No período de 2014-2022, a potência fotovoltaica cresceu exponencialmente à razão média de 25,0% ao ano. Em termos globais, a presença brasileira é ainda tímida, representando apenas 2,3% da potência total, no entanto, tem crescido de forma expressiva nos últimos anos, alcançando a 8a posição entre os países. A potência instalada de geração solar fotovoltaica no Brasil corresponde, em dados do final de 2022, a 25,4 GW, (7,4 GW em projetos centralizados e 17,9 GW em geração distribuída), representando 13,3% da potência instalada no País. O Nordeste sedia 61,9% dos projetos fotovoltaicos centralizados e 18,9% da geração fotovoltaica distribuída do País. Nessa Região, destacam-se na geração solar fotovoltaica (centralizada e distribuída juntas) a Bahia, o Piauí e o Ceará. O Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica 2031 (MME; EPE, 2022) aponta um futuro promissor para a energia solar no Brasil. De acordo com o trabalho, a geração solar fotovoltaica terá o maior incremento dentre as fontes de energia, devendo representar cerca de 20% da matriz elétrica nacional em 2031. Para a fonte solar centralizada, em particular, o estudo indica aumento na participação de 2% para 4% na potência elétrica instalada no Brasil no horizonte do Plano, acrescentando novos 5,8 GW na matriz elétrica brasileira. Estima-se que este montante demandará investimentos de cerca de R$ 24 bilhões nesse segmento. Para a micro e minigeração distribuída (MMGD) da fonte solar fotovoltaica, é previsto acrescer 26,2 GW até 2031, estimando-se investimentos da ordem de R$ 120 bilhões. O Nordeste será uma das Regiões mais contempladas nos investimentos previstos, em função de sua elevada competitividade nessa atividade. Ante a perspectiva de implantação de indústrias de hidrogênio verde no Nordeste, a demanda de energia solar na Região poderá ser substancialmente maior, gerando novas oportunidades de investimento. A expressiva redução no preço do polissilício, principal insumo para produção de painéis fotovoltaicos, juntamente com a queda no custo do frete internacional, que está voltando para o mesmo patamar observado antes da pandemia de Covid-19, estão contribuindo para a diminuição do valor do kit fotovoltaico, melhorando a competitividade da geração solar.