SOJA
v. 8 n. 287 (2023)
Palavras-chave:
Mercado, Preço, Óleo, Farelo, Guerra, Covid, Soja, Produtor de Soja, Soja em GrãosResumo
As projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) indicam recorde da produção mundial de soja da safra 2023/2024 com 410,59 milhões de toneladas. No Brasil, a Conab também estima recordes históricos de área plantada com 43,83 milhões de hectares, produtividade de 3,53 toneladas/ha e de produção com 154,81 milhões de toneladas, registrando o segundo maior valor bruto da produção (VBP) da série histórica. A safra de soja 2022/2023 deve gerar R$ 368,85 bilhões, alta de 10,48% em relação a safra 2021/2022, R$ 333,87 bilhões. O VBP é o maior dentre os produtos agropecuários, representando 30,31% do total R$ 1,22 trilhão, segundo dados do Ministério da Agricultura de abril de 2023. No Nordeste, os indicadores da lavoura são positivos, com altas de 3,78% da área plantada, 4,56% na produtividade e 8,50% na produção. A produção deve atingir 15,06 milhões de toneladas, com VBP projetado em R$ 34,69 bilhões para 2023, recuo de -8,43% em relação a 2022, devido a desvalorização R$/US$. Problemas geopolíticos e climáticos influenciaram o mercado global de soja, com expectativa de maior oferta que demanda, nos quais têm pressionado negativamente os preços. Nestas circunstâncias o mercado futuro é complexo, porém a queda de preços pode ser limitada pelo aumento das reservas internas e esmagamento, interrupções nas cadeias de suprimentos de países players e retomada da produção de países afetados pela estiagem da safra, como os EUA e a Argentina.
