CARNE SUÍNA
v. 8 n. 282 (2023)
Palavras-chave:
Suínos, Guerra, Produção, Carne, NordesteResumo
O volume de carne suína exportado pelo Nordeste aumentou significativamente em relação ao mesmo período de 2022, altas de 34,74% (US$) e de 23,83% (Kg). A Região faturou no acumulado de janeiro a março de 2023, cerca de US$ 209,7 mil com exportações de 40,07 mil t de carne suína. No cenário nacional, os elevados custos de produção, os respingos pós-pandemia e do conflito Rússia vs Ucrânia, da lenta recuperação econômica com juros e inflação ainda elevados, outros efeitos geopolíticos externos, impactam na rentabilidade dos sistemas de produção de suínos, atividades altamente dependentes de grãos. No Nordeste, destaca-se a maior liquidez das carnes de frango e suína frente ao elevado preço da carne bovina. Ainda assim, no 4T2022, houve a redução de -4,05% (de 169,63 para 162,76 milhões de cabeças) no abate regional de suínos. A possibilidade de redução nos custos de produção pela maior oferta de milho e soja e a estratégia de reduzir o abate de animais para ajuste da oferta/demanda tem favorecido a valorização do produto na busca de maior rentabilidade para atividade no mercado interno. Apesar do lento reaquecimento econômico há ainda grande pressão sobre o poder de compra de uma grande parcela da população, que deve continuar incrementando a demanda por carnes alternativas à bovina e, especialmente, fontes proteicas mais baratas.