CARCINICULTURA
v. 8 n. 274 (2023)
Palavras-chave:
Carcinicultura, Penaeus Vannamei, Whiteleg shrimp, Camarão, Produção, Mercado, Nordeste, Camarão em Cativeiro, Exportação BrasileiraResumo
A produção mundial de camarão da espécie Penaeus vannamei (Whiteleg shrimp) está concen trada na Ásia (79,43%) e América latina (20,53%), enquanto os principais mercados consumidores estão nos Estados Unidos, União Europeia e Japão. Estima-se que a produção cultivada atinja 7,53 milhões de toneladas em 2023, alta de 29,48% em relação a 2020, com 5,81 milhões de toneladas. A crescente demanda pelo crustáceo deverá ser atendida pela carcinicultura, pois o volume de camarão oriundo da pesca está declinando. Em 2021, o Nordeste respondeu por quase toda a produção nacional, 78,41 mil toneladas (R$ 1,70 bilhão), com perspectiva para 92,44 mil toneladas em 2022, crescimento de 17,63%. No comércio exterior, a inquietação dos produtores se refere a possibilidade de abertura do mercado europeu, restringido pelo Memorando nº 209 de 20 de dezembro de 2017 (MAPA). As exportações de camarões para outros destinos (Vietnam, Estados Unidos etc.) foram de US$ 1,34 milhão em 2022, queda de -15,99% em relação a 2021. Em volume, o recuo foi de -29,50%, de 321,55 para 226,70 toneladas, no mesmo período. Em setembro de 2003, foram embarcadas 6 mil toneladas no valor de cerca de US$ 22 milhões, indicando que a Região já possui know-how para o mercado externo e a produção em cativeiro ganha cada vez mais importância na geração de emprego e renda.