FRANGO

v. 8 n. 275 (2023)

Resumo

A cadeia produtiva de aves, de modo geral, segue impactada pela disseminação da Influenza Aviária em várias partes do mundo. O Brasil ainda é considerado área livre da Influenza Aviária (HPAI). E por isso, está intensificando as medidas preventivas com maior vigilância e reforços em biosseguridade nas granjas. O cenário está favorável e deve ser mantido, caso o País consiga se manter livre da enfermidade. O mercado vivencia atualmente uma janela de oportunidade, uma vez que os produtores podem se beneficiar da robusta demanda global, que foi reforçada pela diminuição na oferta global em 2023, impulsionando as exportações. Brasil e o Nordeste atingiram recordes históricos no comércio exterior das exportações de carne de frango em 2022. No primeiro bimestre de 2023 (1B2023), o acumulado das exportações no País seguiu a mesma tendência, superando as exportações de 2021 e 2022, neste mesmo período. O Nordeste recuou em -28% nos valores exportados em relação ao 1B2022, mas com ainda bastante superiores ao mesmo período do 1B2021. Na comparação dos acumulados de janeiro a fevereiro (1B) de 2021 e de 2023, as exportações cresceram no Brasil (67,90%) e no Nordeste (148,83%), totalizando em 2023, US$ 1,56 bilhão e US$ 1,37 milhão, nessa ordem. Assim, a carne de frango, relativamente, mostra boa liquidez, no Nordeste, o abate tem crescido quase linearmente na série trimestral do 1T2018 ao 4T2022; atingiu 61,60 milhões de aves, e a produção foi de 131,41 mil toneladas, altas de 1,52% nos valores, mas queda de -1,42% no volume em relação ao 3T2022, justificado pela valorização do câmbio. A conjuntura dos comércios global e interno está complexa, mas a demanda global por carne de frango deve manter-se aquecida, influenciando também os preços domésticos. Neste, os fatores que reprimem o emprego e a renda ainda devem continuar pressionando a demanda da população por proteínas mais baratas, como a carne de frango, industrializados cárneos e ovos, dentre outros.