CARNE DE FRANGO

v. 9, n. 335, maio, 2024

Autores

  • Kamilla Ribas Soares
  • Luciano Feijão Ximenes

Palavras-chave:

Carne, Mercado, Industrializados, Aves de Corte, HPAI, Nordeste

Resumo

 O Brasil segue liderando a exportação mundial de carne de frango, aportando mais de 35,98% das exportações globais, um total de 13,826 milhões de toneladas. A avicultura nacional é competitiva e a oferta é eficientemente elevada. O País é o segundo maior produtor mundial de carne de frango, porém a perspectiva de aumento de produção é discreta para 2024. A previsão é fechar o ano com 15,10 e 4,98 milhões de toneladas em produção e exportações, altas de 1,34 e 4,36%, respectivamente em relação a 2023. No primeiro trimestre deste ano, o Valor Bruto da Produção pecuária já chegou a R$ 371,4 bilhões (+5,5% em relação a 2023), destes, R$ 98,11 bilhões atribuídos ao VBP frangos, o que representou 26,42% do VBP pecuária e um aumento de +8,27% em relação a 2023. Considerando os últimos dados regionais disponíveis, no Nordeste, o VBP Frangos de 2023 foi de R$ 3,40 bilhões, o que representou 14,38% do VBP Pecuária da Região, participação expressiva nos valores gerados para economia regional. No ano passado, os abates totalizaram no País, 6,28 bilhões de cabeças de frangos (+2,82%), com produção total de 13,32 milhões de toneladas (+3,46%), no comparativo com 2022. Todavia, desde o 2T2023 o abate vem recuando da trajetória de alta, chegando a 1,53 bilhão de aves (-1,86%) e 3,19 milhões de toneladas (-5,05%) no 4T2023. No Nordeste, os abates totalizaram 237,88 milhões de cabeças de frangos com produção total de 513,47 mil toneladas, uma ligeira queda de -0,15% cabeças abatidas e +0,09% no peso de carcaça, em relação ao acumulado de 2022, sinalizando estabilidade nos abates. Porém, considerando as variações trimestrais do abate, o desempenho foi distinto em relação ao País, pois no 4T2023 houve um aumento de +8,71% no número de animais abatidos e de +9,04% na produção total de carne em relação ao 3T2023. No comparativo trimestral deste ano, as exportações brasileiras realizadas no 1T2024 retraíram -27,8% em volume e -34,2% em valores arrecadados. O Nordeste segue a tendência nacional, com retração de -13,53% (volume) e -33,22% (valores), porém vale destacar o desempenho das exportações do Ceará e Paraíba, que subiram em valores +113,61%; +85,36% e em volume +71,35%; +20,07%, respectivamente, superando os outros estados, tanto em valor como em volume. O bom status sanitário com a ausência de gripe aviária (HPAI) em plantéis comerciais vai continuar favorecendo o País no cenário internacional. A perspectiva para 2024 é de que as exportações aumentem ao longo do ano, levando vantagem sobre os países concorrentes que enfrentam surtos e desafios com a HPAI. Por outro lado, no mercado interno, a carne de frango tem perdido espaço devido ao aumento de competitividade da carne bovina e suína, nos últimos meses, graças a melhoria dos indicadores econômicos e sociais do País, que reduziram a demanda da população por proteínas industrializadas e ovos, melhorando o consumo e pressionando os preços das carnes.

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Biografia do Autor

Kamilla Ribas Soares

Zootecnista. Doutora em Zootecnia

Luciano Feijão Ximenes

Zootecnista. Doutor em Zootecnia

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Publicado

2024-06-05

Como Citar

SOARES, Kamilla Ribas; XIMENES, Luciano Feijão. CARNE DE FRANGO: v. 9, n. 335, maio, 2024. Caderno Setorial ETENE, Fortaleza, v. 9, n. 343, 2024. Disponível em: https://bnb.gov.br/revista/cse/article/view/2704. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos