LÁCTEOS

v. 7 n. 251 (2022)

Resumo

Em 2022 até setembro, a produção total de leite alcançou 5,39 milhões de toneladas, motivada pela melhoria do cenário externo, mas ainda afetada pelos efeitos da pós-pandemia como: problemas logísticos sobre as cadeias de suprimentos, alta das commodities, inflação de insumos e, consequentemente, dos alimentos, além dos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia. No Brasil, o comércio global já acumula déficit superior a US$ 379 milhões, no acumulado de janeiro a setembro de 2022, em transações comerciais da ordem de US$ 680,17 milhões. No Nordeste, no mesmo período, o déficit foi de US$ 36,0 milhões, cujas importações são majoritariamente de queijo, US$ 25,61 milhões, média de US$ 4,46/Kg, e as exportações predominam leite fluido, US$ 137,69 mil, com preço médio de US$ 1,47/Kg. A produção total reduziu (-9,01%) entre os 1S2021 e 1S2022, de 12,41 para 11,29 bilhões de litros. Em 2022, houve queda modesta, de -0,72%, considerando o 2S2022 em relação ao mesmo período do ano anterior. No contexto geral, da elevada alta dos principais insumos, dos insipientes preços pagos ao produtor, da baixa competitividade da atividade no País frente a outros países que exportam seus excedentes, da atual crise econômica e política agravada pela guerra Rússia vs Ucrânia, da elevada taxa de desemprego e do poder de compra da população, consequentemente, de menor demanda, as perspectivas do setor de lácteos são de alerta, com muitos produtores interrompendo suas atividades.