CARNE DE FRANGO
v. 7 n. 231 (2022)
Palavras-chave:
pandemia, Covid-19, frango, mercado, NordesteResumo
Brasil e Nordeste atingiram recordes históricos no comércio exterior do agronegócio em 2021. As exportações alcançaram US$ 120,52 e US$ 9,91 bilhões, com superávits de US$ 104,99 e US$ 7,57 bilhões, respectivamente. Na comparação dos acumulados de janeiro a abril (1Q) de 2021 e de 2022, as exportações cresceram no Brasil (34,50%) e no Nordeste (31,94%), totalizando em 2022, US$ 48,56 bilhões e US$ 3,31 milhões, nessa ordem. No Nordeste, predomina o complexo soja com 44,15% (US$) e os produtos florestais (16,82%), com altas respectivas de 84,67% e 7,98%, em relação ao 1Q2021. O complexo carnes representa 0,65% das exportações do agronegócio da Região em 2022, com US$ 21,43 milhões, liderado pelas carnes bovina (US$ 16,13 milhões) e de frango (US$ 3,19 milhões), com respectivas altas de 4,45% e 56,58% na comparação com o 1Q2021. No cenário inflacionário disseminado na economia, de elevado desemprego e juros elevados, o consumo da maioria da população segue a pressão por carnes mais baratas, além de outros produtos de origem animal, como processados, ovos de galinha e vísceras. Assim, a carne de frango, relativamente, mostra boa liquidez, no Nordeste, o abate tem crescido quase linearmente na série trimestral do 1T2018 ao 4T2021; com recorde de 61,77 milhões de aves abatidas, a produção foi de 136,45 mil toneladas de carne, altas de 4,29% e de 2,48% em relação ao 3T2021. A conjuntura dos comércios global e interno está complexa, mas a demanda global por carne de frango deve manter-se aquecida, influenciando também os preços domésticos. Neste, os fatores que reprimem o emprego e a renda devem pressionar a demanda da população por proteínas mais baratas, como a carne de frango, industrializados cárneos e ovos, dentre outros.