LÁCTEOS
v. 7 n. 225 (2022)
Palavras-chave:
leite, queijo, semiárido, comodities, Covid-19Resumo
Em 2022, a produção total de leite deve alcançar 549,36 milhões de toneladas, motivada pela melhoria do cenário externo, mas ainda afetada pelos efeitos da pós-pandemia como: problemas logísticos sobre as cadeias de suprimentos, alta das commodities, inflação de insumos e, consequentemente, dos alimentos, além da recente guerra Rússia vs Ucrânia. No Brasil, o comércio global já acumula déficit superior a US$ 57 milhões, no acumulado de janeiro a março de 2022, em transações comerciais da ordem de US$ 114 milhões. No Nordeste, no mesmo período, o déficit é de US$ 5,4 milhões, cujas importações são majoritariamente de queijo, US$ 4,31 milhões, média de US$ 4,01/Kg, e as exportações predominam leite fluido, US$ 41,8 mil, com preço médio de US$ 1,22/Kg. A produção total cresceu (15,75%) entre 2019 e 2021, de 1,55 para 1,79 bilhão de litros. Em 2021, houve alta mais modesta, de 3,67%, totalizando 903 milhões de litros, considerando o 2S2021 em relação ao mesmo período do ano anterior. No contexto geral, da elevada alta dos principais insumos iniciada no início de 2019, dos baixos preços pagos ao produtor, da baixa competitividade da atividade no País frente a outros países que exportam seus excedentes, da atual crise econômica e política agravada pela guerra Rússia vs Ucrânia, da elevada taxa de desemprego e do poder de compra da população, consequentemente, de menor demanda, as perspectivas são de alerta no setor de lácteos.