INDÚSTRIA DE BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS

v. 5 n. 120 (2020)

Autores

  • Fernando Luiz E. Viana

Palavras-chave:

Água, Refrigerantes, Sucos, COVID-19, Tendências

Resumo

A indústria de bebidas constitui um importante setor da indústria de transformação, com dezenas de milhares de empregos distribuídos em todo o Brasil. Devido à presença de vários fornecedores locais e internacionais e de grandes players com atuação global, o mercado é altamente competitivo. A pandemia do COVID-19 tem atingido as vendas de bebidas não alcoólicas, mas com uma amplitude bem menor em relação aos impactos nas bebidas alcoólicas, devido à menor dependência do chamado mercado “on-trade” (bares, restaurantes, hotéis etc.). A pandemia pode trazer mudanças importantes no comportamento do consumidor nos médio e longo prazos, as quais envolverão mais ocasiões diárias de consumo de bebidas em casa, mais foco nos ingredientes de suporte imunológico e uma rápida aceleração na adoção do comércio eletrônico como canal de vendas. Apesar das pressões que têm sofrido por conta das mudanças do padrão de consumo, as grandes multinacionais do setor têm se mantido como empresas líderes de vendas no mercado global de bebidas não alcoólicas, bem como no mercado brasileiro, embora algumas empresas nacionais com atuação mais restrita a alguns mercados regionais têm conseguido algum destaque, como o Grupo Edson Queiroz. Em 2020, a indústria de bebidas não alcoólicas, assim como a maior parte dos setores industriais brasileiros, vem sofrendo as consequências da pandemia da COVID-19 (queda de 12,3% na produção nos 4 primeiros meses), mas o impacto final nas vendas no ano deve representar uma queda de apenas 0,1%. A partir de 2021, o setor deverá iniciar uma retomada do crescimento, mas com taxas abaixo da média mundial, com destaque para o crescimento consistente das vendas de águas engarrafadas e sucos, confirmando a tendência de esses segmentos se tornarem um foco importante dos hábitos de compras dos consumidores. Em termos de tendências gerais do comportamento do consumidor, destacam-se as novas prioridades de saúde e ocasiões de consumo, o que demandará das empresas adaptações em termos de mix de produtos e embalagens e aproveitamento de nichos específicos de mercado, o que direcionará os novos investimentos do setor.

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Biografia do Autor

Fernando Luiz E. Viana

Engenheiro Civil. Mestre em Engenharia de Produção, Doutor em Administração
Coordenador de Estudos e Pesquisas do ETENE/BNB

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Publicado

2024-08-19

Como Citar

VIANA, Fernando Luiz E. INDÚSTRIA DE BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS: v. 5 n. 120 (2020) . Caderno Setorial ETENE, Fortaleza, v. 5, 2024. Disponível em: https://bnb.gov.br/revista/cse/article/view/2848. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos