LOGÍSTICA DE ARMAZENAGE
v. 6 n. 183 (2021)
Palavras-chave:
Armazenagem, Condomínios Logísticos, Comércio EletrônicoResumo
A armazenagem tem crescido sua representatividade nos custos logísticos, o que está relacionado à busca pela diminuição dos custos logísticos e pela melhoria do nível de serviço logístico. Essas necessidades se intensificaram ainda mais com a forte alta observada no comércio eletrônico no Brasil, especialmente a partir do advento da pandemia da Covid-19, em 2020. Com estrutura física e serviços compartilhados com outros usuários, os condomínios logísticos permitem flexibilidade para as empresas localizarem seus estoques e centros de distribuição, reduzindo a imobilização do capital em instalações, o que tem ocasionado aumento da demanda por esse tipo de instalação de armazenagem no Brasil. O inventário tem crescido de forma consistente nos últimos cinco anos (2016-2020), com taxa média anual (CAGR) de 7,8%, com pequena desaceleração no 1º trimestre de 2021, em que houve alta de 1,9% em relação ao inventário observado no final de 2020. Com relação à taxa de vacância, vem apresentando uma tendência de queda desde 2017, chegando a 13% no final do 1º trimestre de 2021, o que significa que a demanda tem aumentado para além do acréscimo das novas áreas. Já os preços de locação têm mantido certa estabilidade desde 2018, em valores nominais, o que significa que tem havido queda nos preços em valores atualizados pela inflação. Ao se corrigir o valor praticado em dezembro /2015 (R$ 20,00) pelo IGP-M, chega-se a uma forte defasagem de 73,6% entre o preço médio praticado em março/2021 e o valor corrigido pela inflação. No Nordeste, o preço médio é historicamente um pouco menor do que a média nacional, e apresenta uma defasagem um pouco menor, de 63,8% no mesmo período, o que sinaliza maior resiliência dos preços praticados na Região, fato relacionado à baixa taxa de vacância nos principais estados. Em termos de perspectivas para o mercado de condomínios logísticos, entende-se que, no Nordeste, deve haver a manutenção do crescimento observado nos principais estados (Bahia, Ceará e Pernambuco), bem como o surgimento de novos empreendimentos em estados em que tal atividade ainda não possui representatividade, notadamente nas regiões metropolitanas e nas áreas próximas a importantes corredores rodoviários.