INDÚSTRIA PETROQUÍMICA

v. 6 n. 186 (2021)

Autores

  • Fernando Luiz E. Viana

Palavras-chave:

Petroquímicos, Covid-19, Perspectivas

Resumo

Os investimentos em novas capacidades na Indústria Petroquímica não ocorrem linearmente com a demanda, o que causa um excesso de oferta significante em certos momentos do ciclo, como em 2020, momento que se tornou mais crítico com o advento da pandemia da Covid-19, que contribuiu para aumentar os desafios a serem enfrentados por empresas que atuam nos mercados finais de petroquímicos globalmente. Em 2021, existe a tendência de reversão do ciclo de queda da produção e das vendas da indústria química brasileira, devido à melhoria das condições relacionadas à pandemia da Covid-19, especialmente no 2º trimestre do ano. No acumulado do 1º semestre de 2021, os índices de volume do segmento químico mantiveram o desempenho forte e crescente em relação a igual período do ano passado, com os seguintes resultados comparativos: produção +9,66%, vendas internas +13,04% e consumo aparente nacional +13,8%. O índice de preços teve alta nominal de 44% de janeiro a junho de 2021, refletindo as flutuações do mercado internacional, além da valorização do Real, em relação ao Dólar, de 3,74%, em igual período de comparação. As importações brasileiras de petroquímicos estão em alta, o que indica que a falta de competitividade do setor tem trazido perdas em termos de crescimento de mercado. No longo prazo, a falta de investimentos e o cancelamento da parte petroquímica do megaprojeto do COMPERJ devem contribuir para as importações de petroquímicos, aumentando sua participação no consumo de petroquímico no País. No que diz respeito às perspectivas gerais para a indústria petroquímica mundial, em função do novo cenário que se apresenta para o setor, as empresas precisarão administrar a transição de uma economia essencialmente linear, na qual os produtos à base de plásticos são usados uma vez antes do descarte, para uma economia circular. No Brasil, apesar do bom desempenho observado no 1º semestre de 2021, a produção de produtos petroquímicos continuará a lutar com altos custos e a concorrência dos produtos importados, o que se reflete no déficit da balança comercial do setor, que já atingiu US$ 7,7 bilhões nos sete primeiros meses do ano.

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Biografia do Autor

Fernando Luiz E. Viana

Engenheiro Civil. Mestre em Engenharia de Produção, Doutor em Administração
Coordenador de Estudos e Pesquisas do ETENE/BNB

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Publicado

2024-08-20

Como Citar

VIANA, Fernando Luiz E. INDÚSTRIA PETROQUÍMICA: v. 6 n. 186 (2021). Caderno Setorial ETENE, Fortaleza, v. 6, 2024. Disponível em: https://bnb.gov.br/revista/cse/article/view/2858. Acesso em: 19 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos