SOJA
v. 6 n. 187 (2021)
Palavras-chave:
mercado, preços, grão, óleo, farelo, pandemiaResumo
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de soja. A demanda externa aquecida, principalmente a chinesa e o dólar elevado em relação ao real permitiram que o País superasse, de janeiro a julho de 2021, o total exportado durante todo o ano de 2020, incentivando recordes de produção nacional realizada em 2020/21 e prevista para 2021/22. Apesar de os preços não estarem mais tão elevados como em 2020, pela queda nas cotações internacionais, ainda garantem bom lucro ao produtor. Entretanto, a exportação massiva do grão encarece os produtos internos, a fabricação de biodiesel e outras indústrias dependentes da soja, em menor escala. No Nordeste, a produção se expande, com novas áreas e aumento de produtividade. Bahia, Maranhão e Piauí são os maiores produtores e exportadores, levando ao aumento no valor das exportações (81%) na Região, superior ao do País (66%), considerando o período janeiro-julho de 2021, em relação a 2019, provando que não houve efeito negativo da pandemia sobre as atividades da cadeia produtiva da soja, e que a retomada do comércio EUA-China não afetou significativamente a venda da soja brasileira. A preocupação se volta para o clima, com a maior seca já registrada em 91 anos e a possibilidade de ocorrência de outros
eventos extremos.