CAJUCULTURA: O PROVEITO DO PEDÚNCULO
v. 6 n. 190 (2021)
Palavras-chave:
Cajucultura, pedúnculo, castanha, NordesteResumo
A área mundial colhida de castanha de caju é de 6,81 milhões de hectares, com maior concentração em Costa do Marfim (28,1%), Índia (16,2%) e Tanzânia (14,4%). O Brasil perdeu 332 mil hectares, a uma taxa anual de 5,6% a.a., em função, principalmente, dos longos períodos de estiagem, onde se concentra a produção nacional e, atualmente, está na sexta posição, com 428,86 mil ha (2021), sendo 99,7% na região Nordeste. Entre 2009 e 2019, o Brasil perdeu a posição de quinto (5º) para nono (9º) maior produtor mundial, e de segundo (2º) para quinto (5º) exportador mundial de amêndoa de castanha de caju. Produziu 123,32 mil toneladas de castanha de caju (2021) e exportou 17,1 mil toneladas de amêndoa, quantidade 9,6% menor que a de 2019. A queda dos valores foi ainda maior (25,2%), em função do menor preço da amêndoa: de US$ 7,09/kg para US$ 5,87, em 2020. O Nordeste participou com 99,98% desse mercado, cujo principal comprador são os Estados Unidos, mas sua participação vem caindo anualmente: 2018-46,0%; 2019-35,2%; 2020-28,6%. Aliado a tudo o que foi descrito, o Brasil se encontra diante do dinamismo de dois dos seus maiores concorrentes, Vietnã e Costa do Marfim, que estão avançando cada vez mais no mercado de amêndoa. Diante de todo esse quadro, para que haja o soerguimento da cajucultura nacional, serão necessárias ações conjuntas de todos os elos e componentes da cadeia, considerando também o aproveitamento do pedúnculo, como parte fundamental na renda do produtor.