FRANGO

v. 6 n. 194 (2021)

Resumo

Brasil e Nordeste têm registrado recordes no comércio global do agronegócio e, em 2020, com superávit de US$ 87,65, o País atingiu recorde histórico e, ainda em 2020, o segundo maior faturamento da série iniciada em 1997, com US$ 100,70 bilhões. Em relação ao Nordeste, na mesma série de comparação, 2020 foi recorde nas exportações e no superávit em volume, com 17,82 e 12,75 milhões de toneladas, respectivamente. Na comparação dos acumulados de janeiro a outubro de 2020 e de 2021, devido à desvalorização US$/Kg, as exportações cresceram no Brasil (24,48%) e no Nordeste (42,52%), totalizando em 2021, US$ 6,20 bilhões e US$ 8,64 milhões, nessa ordem. Na pauta nacional, complexos soja e de carne destacam-se com 61,44% do valor total das exportações. No Nordeste, também predomina o complexo soja com 49,27% (US$) e, em seguida, os produtos florestais (16,50%), com altas respectivas de 33,46% e 33,49%, em relação ao acumulado de 2020. Já em 2021, o complexo carne no Nordeste somou US$ 59,12 milhões em vendas ao exterior, de um total de US$ 16,44 bilhões, sendo US$ 8,36 milhões de carne de frango (32,81%). Na Região, em meio ao choque de renda, além da maior taxa de desocupação do País (18,2%) e o elevado processo inflacionário, a avicultura de corte mostra-se com boa liquidez, a alternativa mais acessível de proteína, pois enquanto a produção de frango recua no País, no Nordeste, o abate cresceu 1,95%, comparando-se o 1T2021 e o 2T2021, de 58,45 para 59,28 milhões de frangos abatidos, muito embora com carcaças mais leves. Os comércios global e interno apresentam turbulência, a conjuntura é complexa, mas estima-se que a demanda global por carne deve manter-se aquecida. No mercado doméstico, os fatores que reprimem o emprego e a renda devem pressionar a demanda da população por proteínas mais baratas, como a carne de frango, industrializados cárneos e ovos, dentre outros.