FEIJÃO: PRODUÇÃO E MERCADOS
v. 6 n. 197 (2021)
Palavras-chave:
feijão, mercado, preços, pandemiaResumo
O Brasil é o terceiro maior produtor de feijão, não havendo grandes excedentes exportáveis, como ocorre a outros grãos, e o Nordeste, com 591 mil toneladas, está em quarto lugar entre regiões, em parte, pela baixa produtividade (404 kg/hectare). Segundo o Ibrafe, houve relativa estabilidade de preços em 2021, mas a oferta está menor e é difícil vender sem ceder no preço; no entanto, a restrição no bolso do consumidor faz com que ele demande menos. Por conta dos altos custos, os preços devem continuar subindo. Convertidos em dólar, estão no segundo maior nível, desde 2016, e mesmo assim, o produtor não está estimulado a aumentar área, devendo haver déficit de oferta para 2022. O comércio exterior é bem menos expressivo que o da soja e o do milho, mas as exportações têm tendência de crescimento e, tanto para o Brasil quanto para o Nordeste, o saldo foi deficitário em 2019, mas amplamente superavitário nos dois anos seguintes. Há muitas oportunidades de mercado para o setor, que, como qualquer atividade agrícola, está sujeito aos riscos das mudanças climáticas e seus eventos extremos.