PRODUÇÃO E MERCADO DO CAFÉ
v. 6 n. 207 (2021)
Palavras-chave:
arábica, robusta, pandemia, mercado, bienalidadeResumo
O Brasil é o maior produtor mundial de café e responde por 32% do comércio global do produto. As estimativas para a safra 2021/2022 são de redução de 6,2% na produção mundial da bebida, e aumento de 1,1% no consumo; portanto, os estoques devem ser reduzidos, com consequente elevação dos preços do mercado mundial. A queda de produção deve ocorrer principalmente no Brasil devido à bienalidade negativa, condições climáticas adversas, como geadas, altas temperaturas e secas que ocasionaram crise hídrica que afetou inclusive as lavouras irrigadas; para 2022, existe ainda a possibilidade da ocorrência do fenômeno La Niña. Em 2021, a menor produção e a desvalorização do Real frente ao Dólar resultaram num recorde histórico do valor da produção do café brasileiro. Na área de atuação do BNB, a produção de café está concentrada na Bahia e no Norte de Minas. No último ano, houve forte crescimento das exportações nordestinas de café; os principais destinos foram os EUA e a Alemanha. As expectativas são de crescimento da demanda mundial pela bebida, com aumento do consumo em casa, no trabalho ou em home office, além do crescimento da pegada gourmet do café em bares e restaurantes. A estimativa do Ministério da Agricultura é que o Valor Bruto da Produção (VBP) de café para 2022 alcance cerca de 56,48 bilhões, alta de 40,78% em relação a 2021, recorde histórico. No recorte regional, o VBP do Nordeste em 2021 deve alcançar R$ 2,49 bilhões, praticamente o VBP da Bahia, R$ 2,47 bilhões.