CARNE SUÍNA
v. 5 n. 126 (2020)
Palavras-chave:
pandemia,, covi-19, commodities, abate, nordesteResumo
A pandemia por covid-19 trouxe um cenário trágico para as nações do mundo, além de choque na renda da população e na economia dos países. Os setores de produtos não essenciais estão abalados economicamente, enquanto que alguns segmentos dos setores agrícola e pecuário têm minimizado os impactos, inclusive sociais. Assim, se enquadra as commodities de alimentos, como a carne suína, na qual a pandemia parece não ser o principal problema do maior mercado consumidor do planeja, a China. Lá, o principal surto é o da Peste Suína Africana, letal e sem vacina, o que pode gerar uma demanda insatisfeita da ordem de 3,5 milhões de toneladas, ou US$ 8 bilhões em 2020. Está elevada demanda chinesa deve impulsionar as vendas no mercado global em +12,27%, Estados Unidos (+18,28%) e do Brasil (+16,14%), que no primeiro semestre de 2020 exportou 473 mil toneladas no valor de US$ 1,07 bilhão, cerca de 25% a mais que todo o ano de 2019. A trajetória crescente de animais abatidos iniciada no final de 2018 foi discretamente interrompida (-0,24%) no primeiro trimestre de 2020, porém com a venda de animais mais pesados, a produção nacional de carne suína cresceu +0,56%. O Nordeste também evoluiu muito bem no primeiro semestre de 2020, foram cerca de US$ 362 mil ou R$ 2 milhões (1 US$ = 5,65 R$), sobre 84 mil toneladas embarcadas. A chegada do final do ano 4T2019 foi de crescimento da demanda por carne suína no Nordeste, tendência observada no 1T2020 (7,6 mil toneladas), comparada ao 1T2019 (6,8 mil toneladas). Os altos preços da carne bovina e as festas de final de ano pressionaram a preferência dos consumidores pela carne suína, mas na evolução dos dados ao longo da série analisada), o fator condição financeira preponderou. A carne suína foi prioridade juntamente com outras proteínas mais baratas, atrás de fígado bovino, do ovo de galinha e da paleta bovina (segunda).