PRODUÇÃO DE CAFÉ
v. 5 n. 138 (2020)
Palavras-chave:
produção, consumo, Bahia, covid-19, pandemiaResumo
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, destinando grande parcela de suas exportações à União Europeia e aos Estados Unidos, maiores consumidores e importadores mundiais. De janeiro a junho de 2020, as vendas externas brasileiras superaram US$ 3,3 bilhões, redução de 1,77 em relação com mesmo período de 2019 (US$ 3,39). No Nordeste a retração foi maior, -2,73%, na mesma base de comparação, US$ 57,65 e US$ 59,27, respectivamente. Em 2019, a cultura alcançou o valor bruto de R$ 17,64 bilhões no Brasil e R$ 965,45 milhões no Nordeste. O setor cafeeiro nacional tem buscado aperfeiçoamento constante do sistema produtivo, com a adoção de novas tecnologias disponibilizadas pela pesquisa, para manter sua expressiva participação no mercado e se preparar para atender ao crescimento do consumo mundial de café, que tem aumentado em média 2,0% ao ano. No Nordeste, nas regiões onde prevalecem os grandes e os médios produtores, os plantios têm alcançado produtividades superiores aos dos maiores produtores nacionais. Contudo, na região do Planalto, onde se encontra a maior área do estado, conduzida por pequenos produtores, a produtividade ainda permanece muito baixa, sugerindo a necessidade de um olhar mais atento para o adequado apoio governamental que possa gerar os resultados esperados. A pandemia não interferiu no desempenho produtivo do café, mas causou problemas relacionados à contratação de mão de obra para a colheita e de frete, para o transporte da produção