EVOLUÇÃO DO CULTIVO DE PIMENTA-DO-REINO NA ÁREA DE ATUAÇÃO DO BNB
v. 5 n. 146 (2020)
Palavras-chave:
Pimenta, produção, comercializaçãoResumo
A pimenta-do-reino (Piper nigrum L.,) é uma das especiarias mais valorizadas no mundo. O Brasil é o segundo maior produtor e exportador mundial e juntamente com o Vietnã e Indonésia detém 65% do mercado global do produto. De janeiro a outubro de 2020, as exportações brasileiras somaram cerca de US$ 149 mil, alta de 0,14% em relação ao mesmo período de 2019. No Brasil, a produção está concentrada no Pará, que é historicamente o maior produtor e exportador nacional, no Espírito Santo e na Bahia. Nos últimos anos, o Espírito Santo apresentou grande expansão de área, ultrapassando o Pará em produção e exportação. Nesse período, também ocorreu crescimento de produção na Bahia e tem-se observado aumento do interesse de produtores de Alagoas e do Norte de Minas em investir na cultura. Na área de atuação do Banco do Nordeste e Sudene, o valor bruto da produção em 2019 foi de R$ 452 mil. A grande liquidez do produto e o elevado preço praticado em 2015 e 2016 foram os principais fatores que impulsionaram o crescimento da produção. No entanto, o forte incremento da oferta na Região coincidiu com a queda vertiginosa dos preços, resultado do crescimento da produção mundial do produto. Diante do cenário de economia retraída no mundo devido à pandemia, não se espera crescimento do consumo da especiaria, portanto, os preços devem se manter pressionados em 2021; mesmo assim, a produção deverá continuar em crescimento na área de atuação do BNB.