CARNE SUÍNA

v. 9 n. 370, dezembro, 2024

Resumo

Com a redução nos custos dos grãos, desde 1T2023, a suinocultura nacional começou a adentrar períodos mais favoráveis. Porém, o cenário internacional é desafiador, com incertezas econômicas, geopolíticas e climáticas, desencadeando uma realocação nas cadeias de suprimentos, que impactam diretamente os mercados. No acumulado de janeiro a novembro de 2024, as exportações de carne suína mantiveram-se estáveis: 0,01% (kg) e -1,74% (US$) em relação ao mesmo período de 2023. No Nordeste, as exportações caíram: -9,76% (US$) e -16,22% (Kg), em relação a 2023. O abate nacional atingiu 14,95 milhões de cabeças no 3T2024, +2,62% em relação ao 2T2024 e +2,14% em relação ao 3T2023. Na produção de carne, houve aumento de +4,85%, no 3T2024 em relação ao 2T2024. O fraco crescimento pode estar associado à retração no volume das importações chinesas (-43,09%). No Nordeste no 3T2024: queda de -2,26% no abate e estabilidade na produção de carne (0,23%), em relação ao 3T2023. A maior competitividade da carne suína em relação à bovina, principalmente no último semestre, refletiu na sua valorização, fruto da oferta controlada e ajustada à alta demanda do consumo interno. Ainda assim, as preocupações com a inflação, o câmbio segue pressionando a economia e os custos.