Tecnologia e relações sociais de produção no setor sisaleiro nordestino

Autores

  • Maria Odete Alves Banco do Nordeste do Brasil - BNB
  • Eduardo Girão Santiago Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.61673/ren.2006.656

Palavras-chave:

Sisal – Produção, Sisal – Industrialização, Setor sisaleiro – Relação social – Nordeste.

Resumo

Analisam-se os aspectos tecnológicos e a forma como ocorrem as relações de produção no setor sisaleiro nordestino. A pesquisa foi realizada nos principais centros produtores de sisal nordestinos, utilizando o levantamento bibliográfico, a entrevista aberta, a observação direta e o registro fotográfico. Verificou-se que a cadeia de serviços do setor abrange desde os trabalhos de manutenção até a extração e o processamento da fibra para o beneficiamento, as atividades de industrialização de diversos produtos e o uso para fins artesanais. Apesar dos benefícios que a atividade oferece aos municípios do semi-árido nordestino, pelo significativo impacto que pode gerar na economia local, o setor enfrenta sérios problemas tecnológicos no processo de produção, o que gera baixa produtividade e eleva o custo final dos produtos. Verificou-se, também, que as relações sociais de produção estabelecidas no setor promovem forte concentração da renda gerada, em detrimento, principalmente, do pequeno produtor direto.

Biografia do Autor

Maria Odete Alves, Banco do Nordeste do Brasil - BNB

Possui graduação em agronomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestrado em Administração e Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal de Lavras e doutorado em Desenvolvimento Sustentável pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) / Universidade de Brasília (UnB). Pesquisadora do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE)/Banco do Nordeste do Brasil S/A. Compõe os grupos de pesquisadores da Rede Clima e do Laboratório de Estudos Aplicados em Desenvolvimento Regional do Semiárido - LEADERS (UFC-Cariri). Tem experiência nas áreas de Desenvolvimento Rural Sustentável com ênfase no Seimárido Nordestino e nos temas Agricultura Familiar, Pluriatividade e Recursos Comuns.

Eduardo Girão Santiago, Universidade Federal do Ceará - UFC

Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade de Fortaleza (1979), com mestrado em Sociologia do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Ceará (1984) e doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (2007). Professor adjunto da Universidade de Fortaleza - UNIFOR, no período de 1986 a 2008. Exerceu a função de consultor contratado do Banco do Nordeste do Brasil - BNB, de 2003 a 2009. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Ceará e do Mestrado em avaliação de Políticas Públicas da referida universidade. Tem experiência nas áreas de Economia e Sociologia, com ênfase em sociologia do trabalho e pensamento social brasileiro, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento local, políticas públicas, mercado de trabalho, desenvolvimento econômico e economia solidária.

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Publicado

2017-08-23

Como Citar

Alves, M. O., & Santiago, E. G. (2017). Tecnologia e relações sociais de produção no setor sisaleiro nordestino. Revista Econômica Do Nordeste, 37(3), 368–381. https://doi.org/10.61673/ren.2006.656

Edição

Seção

Artigos