Agrovila ou casa no lote: a questão da moradia nos assentamentos da reforma agrária no Cariri paraibano
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2006.667Palavras-chave:
Assentamentos da Reforma Agrária, Cariri Paraibano, Desenvolvimento Sustentável do Semi-Árido.Resumo
Mostra resultado da pesquisa realizada no ano de 2004 por professores e estudantes da Universidade Camponesa no território do Cariri paraibano. Verifica que, embora o discurso dos assentados apontasse inequivocamente para a preferência da construção das casas nos lotes em virtude de questões culturais, sociais, econômicas e produtivas, havia uma forte predominância da implantação de agrovilas nos assentamentos. Segundo os próprios assentados, a decisão favorável à construção das agrovilas teria sido induzida pelos técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) a partir do argumento de que somente essa opção garantiria o acesso das famílias à água encanada, energia elétrica, assistência médica e educação. O artigo demonstra que o argumento dos técnicos é falacioso, sendo imposto aos assentados por meio de uma série de expedientes espúrios, como a imputação de regime de urgência à decisão. Conclui que a construção das casas nos lotes destinados às famílias daria uma maior sustentabilidade aos assentamentos uma vez que é mais condizente com o ethos camponês e com a dinâmica econômica da agricultura familiar, sustentáculos básicos do empreendimento rural no semi-árido brasileiro.Downloads
Publicado
2017-09-05
Como Citar
Caniello, M., & Duqué, G. (2017). Agrovila ou casa no lote: a questão da moradia nos assentamentos da reforma agrária no Cariri paraibano. Revista Econômica Do Nordeste, 37(4), 629–641. https://doi.org/10.61673/ren.2006.667
Edição
Seção
Artigos