CARNE SUÍNA
v. 7 n. 249 (2022)
Palavras-chave:
Produção, Suína, Carne, Guerra, PandemiaResumo
O Nordeste brasileiro faturou no acumulado de janeiro a agosto de 2022, cerca de US$ 457,9 mil com exportações de 93,01 mil t de carne suína. O volume de carne suína exportado pelo Nordeste aumentou significativamente em relação ao mesmo período de 2021, altas de 19,98% (US$) e de 23,01% (Kg). Apesar dos reflexos negativos da guerra Rússia vs Ucrânia, no mercado global, a perspectiva de demanda pela Ásia permanece aquecida, considerando ainda a redução das importações chinesas. No cenário doméstico, os elevados custos de produção, reflexos dos desafios pós-pandemia e da guerra, dificultam também a economia dos sistemas de produção de aves e de suínos, atividades altamente dependentes de grãos. No Nordeste, destaca-se a maior liquidez das carnes de frango e suína frente ao elevado preço da carne bovina. Um reflexo disso foi o aumento substancial no abate regional de suínos, alta de 22,5% para suínos (de 10,45 para 12,81 milhões de cabeças) entre o 2T2021 e o 2T2022. Apesar do reaquecimento econômico e das medidas emergenciais pós-pandemia (Auxílio Brasil), há ainda grande pressão sobre o poder de compra de uma parcela maior da população, que deve continuar incrementando a demanda por carnes alternativas à bovina e, especialmente, sobre outras fontes proteicas mais baratas