CAJUCULTURA
v. 5 n. 114 (2020)
Palavras-chave:
Cajucultura, produção e mercado, NordesteResumo
A área mundial colhida de castanha de caju é de cerca de 6 milhões de hectares, com maior concentração em Costa do Marfim (28%) e Índia (17%). O Brasil está na sexta posição, com 439,2 mil ha. Desse total, 99,5% encontra-se na região Nordeste. O País desceu de 5º para 9º maior produtor mundial com 141,4 mil toneladas e o Nordeste responde também por quase toda a produção nacional da castanha de caju (98,6%). As exportações mundiais de castanha de caju com casca foram da ordem de 1,8 milhão de ton e as de amêndoas representaram um terço dessa quantidade (584 mil toneladas). Por se tratar de um produto beneficiado, o preço da tonelada de ACC foi quase duas vezes maior do que o preço da castanha in natura. Os maiores exportadores de castanha de caju com casca são os Países africanos (Costa do Marfim, Tanzânia e Gana) e os maiores exportadores de amêndoa de castanha de caju (ACC) são o Vietnã e a Índia. O Brasil encontra-se na sétima posição, participando com apenas 2,0% das exportações mundiais de ACC. Os maiores importadores mundiais de amêndoa de castanha de caju (ACC) são os Estados Unidos, Alemanha e Países Baixos. O Brasil é o terceiro maior importador mundial de castanha de caju in natura, as importações chegaram a 22 mil toneladas. A pandemia ocasionada pelo novo coronavírus tem levado as indústrias a funcionarem com capacidades de processamento reduzidas ou paralisarem suas atividades com vistas à segurança dos trabalhadores. Isso tem gerado um aumento dos estoques da castanha in natura, contribuindo para a queda de seus preços. Consequente[1]mente, haverá maior escassez da amêndoa de castanha de caju no mercado mundial e, por conseguinte, elevação de seu preço