ENERGIA SOLAR

v. 5 n. 110 (2020)

Abstract

A capacidade instalada de geração solar fotovoltaica no Brasil corresponde a 4,5 GW, sendo 2,5 GW em projetos centralizados e 2,0 GW em geração distribuída (dados de 31/12/2019). O Nordeste sedia 61,9% dos projetos centralizados e 16,4% da geração distribuída. Nessa região, destaca-se a Bahia, que detém 31,5% da geração centralizada do Brasil, e o Ceará, com 3,3% da geração distribuída do País. Estudos da Empresa de Pesquisa Energética (MME; EPE, 2019) apontam um futuro promissor para a energia solar. Com efeito, de acordo com o trabalho, a geração solar fotovoltaica terá o maior incremento dentre as fontes de energia. Para a geração solar centralizada, o estudo aponta crescimento de 320% de 2019 a 2029, enquanto para a geração solar distribuída é previsto incremento de 1.200% no período. Em 2029, estima-se que a fonte solar gerará 34 TWh, montante que corresponderá a 3,6% da geração de energia elétrica no País. Acredita-se que o Nordeste será a região mais contemplada nos investimentos previstos, em função de sua elevada competitividade nessa atividade. Recentemente, o mundo e o Brasil foram surpreendidos com o aparecimento de uma pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), que trará consequências socioeconômicas expressivas, afetando o consumo de energia elétrica, devendo as projeções acima serem revistas para baixo. Nesse sentido, a 1ª Revisão Quadrimestral de 2020 da Previsão de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética Ciclo 2020 (2020-2024) aponta que haverá redução da carga em 2020 de 0,9% no Sistema Interligado Nacional (SIN) e de 0,2% no Subsistema Nordeste em relação ao ano precedente (ONS; CCEE; EPE, 2020). As previsões anteriores indicavam crescimento na carga para 2020. Para os anos seguintes (2021-2024), o estudo aponta para projeções inferiores às apresentadas originalmente