L´ÁCTEOS
v. 9 n. 360, novembro, 2024
Keywords:
lácteos, semiárido, Nordeste, commodities, desafiosAbstract
A produção de leite no Nordeste, no primeiro semestre, avançou 4,70% comparada com o mesmo período de 2023. Entretanto, o déficit regional da balança comercial, em volume, cresceu 52,72% de janeiro a outubro. Os efeitos acumulados do El Niño têm impactado negativamente o conforto das vacas e a produção de alimento, reduzindo produtividade, principalmente em fazendas menores. Espera-se que com a alternância de El niño para La niña, o cenário fique mais favorável para produção de grãos e forragens para o Nordeste. Apesar dos desafios, 2024 tem sido positivo para o setor no país, pois os produtores estão ajustando a rentabilidade com o preço do leite, atrelado a retração nas importações e a menor oferta. O Brasil faturou US$ 82,09 milhões de janeiro a outubro de 2024, alta de 17,20% em relação a 2023, e o déficit decaiu para US$ 785,42 milhões, -6,91%. Todavia, no Nordeste, os efeitos ainda são pequenos, pela grande demanda insatisfeita, assim a Região tem expandido a produção e a produtividade, sinalizando potencial de crescimento. Na mesma base de comparação, o Nordeste variou de US$ 551,87 a 675,90 mil (+22,48%) nas exportações e acumulou déficits de US$ -58,10 e 86,52 milhões (+48,91%)