LÁCTEOS
v. 9, n. 332, abril, 2024
Palabras clave:
Leite, Queijo, Semiárido, Commodities, GuerraResumen
O Brasil faturou US$ 22,96 milhões de janeiro e fevereiro de 2024, alta de 71,64% em relação ao 1B2023, e déficit de US$ 144,54 milhões, aumento de 3,16%. Na mesma base de comparação, o Nordeste variou de US$ 107,97 a 213,73 mil (+97,96%) nas exportações e acumulou déficits de US$ -10,35 e 14,08 milhões (+36,01%). Em relação aos preços de importação, os valores médios dos produtos têm recuado, variando de US$ 4,056/kg a US$ 3,565, concomitantemente, de agosto de 2023 a fevereiro de 2024, respectivamente. Contudo, os preços de importação seguiram a mesma tendência de junho de 2023 a janeiro de 2024, variando de US$ 2,759/kg a US$ 2,570/kg, mas com alta de 41,33% em comparação com fevereiro de 2024, que teve recorde de valorização com US$ 3,633/kg, devido ao aumento significativo das exportações de queijo em 2024. A demanda insatisfeita de lácteos do Brasil é atendida principalmente pelos excedentes de produção da Argentina e do Uruguai, que em 2023, faturaram cerca de 574 e 389 milhões de dólares, com participações de 52,52% e 35,55% (US$), respectivamente, sobre o total de importações. A produção do Brasil praticamente permaneceu estável no acumulado de janeiro a setembro de 2023 em relação ao mesmo período de 2024, variou de 17,41 para 17,93 bilhões de litros (+1,09%). Contudo, a produção teve alta de 8,62% entre o 2T2024 (5,74 bilhões de litros) e o 3T2024 (6,23 bilhões de litros). A instabilidade climática global eleva a complexidade das previsões, contudo a alternância de El niño para La niña já a partir de julho, proporcionará, se confirmada, um cenário mais favorável para produção de grãos e de forragem para o Nordeste e, consequentemente, um fator ponderador de preços do leite ao produtor em relação ao centro-sul, afetados negativamente pelo fenômeno.