CARNE BOVINA
v. 9, n. 324, janeiro, 2024
Palabras clave:
Carne, Produção, Mercado, Nordeste, PecuáriaResumen
Para 2024, estima-se a continuidade da lenta aceleração econômica mesmo com eventual e moderada demanda mundial, pois as tensões geopolíticas têm gerado preocupações na ordem econômica global. No Brasil, o reaquecimento econômico vem sendo sustentado principalmente pelos setores agropecuários e da indústria extrativa. Contudo, torna-se importante ponderar que adversidades climáticas, como a El Niño impactam no desempenho da safra de grãos e reverberam em outras cadeias produtivas, como a de produção de carnes. No acumulado de 2023 em comparação com 2022, o Brasil reduziu as vendas de carne em -18,67% (US$) e aumentou em +1,18% no volume exportado (Kg) de carne bovina para 158 países. A China segue como principal parceiro comercial, importando 11,06 milhões de toneladas, alta de quase 3,7% em relação a 2022. Para 2024, esta demanda deverá se elevar de forma moderada, em torno de +1,54%. Frente a isso, o Brasil, tem aumentado gradativamente as remessas para a China. No Nordeste, entre 2023 e 2022, as vendas de carne cresceram em volume, +12,73% (Kg), e em faturamento +9,21% (US$), exportando para 62 países. O maior parceiro comercial das exportações nordestinas é a Ásia, US$ 13,44 milhões (26,23%), especificamente Hong Kong, e na Amáreica Latina, o Uruguai com US$ 12,59 milhões, (24,56%) do total das exportações do Nordeste. Outro parceiro importante é o Oriente Médio, principalmente Arábia Saudita e Líbano. Em relação ao abate nacional, no 3T2023, 8,93 milhões de cabeças de bovinos foram abatidas, quantidade +12,2% superior à obtida no 3T2022 e +5,53% em relação a 2T2023 (8,47 milhões de cabeças). A produção total de carne também se destacou, com alta de +9,96%, de 2,16 para 2,38 milhões de t, entre o 3T2022 e o 3T2023. No Nordeste, considerando o acumulado do 1T2023 ao 3T2023 foram abatidas 2,04 milhões de cabeças, alta de +8,02%, em relação ao mesmo período de 2022. No 3T2023, a taxa de desocupação ficou em torno de 7,7%, uma queda equivalente a -11,49% em relação ao 3T2022 e no Nordeste, a taxa chegou a 10,8%, representando queda de -10,0% em relação ao 3T2022, o que tem refletido em melhorias no poder de compra da população, incluindo o acesso de mais camadas da população ao consumo de carne bovina.