CARNE BOVINA

v. 7 n. 229 (2022)

Resumen

O setor agropecuário tem contribuído, sobremaneira, para a economia nacional, e a demanda mundial aquecida das principais economias tem favorecido às exportações e a alta dos preços, considerando ainda as novas medidas de restrição da China contra a Covid-19, dos impactos da guerra Rússia vs Ucrânia, das condições climáticas desfavoráveis noutros exportadores, inflação dos insumos de produção, problemas nas cadeias de suprimentos. Dados de exportações de carne bovina de janeiro a abril de 2022, 710,9 mil toneladas, indicam que o País deve liderar as exportações globais de carne bovina, e segundo maior exportador mundial de carnes. A Ásia é o principal destino das exportações de carne bovina do Brasil e do Nordeste e, no mesmo período, foram cerca de US$ 2,5 milhões (64,58%). No Brasil, o abate de bovinos entre o 4T2022 e o 4T2021 foi praticamente estável, de 6,91 para 6,89 milhões de cabeças, com redução de -4,43% na comparação do acumulado dos últimos quadrimestres, 1T2022-2T2021 (27,86 milhões) e 1T2021-2T2020 (29,15 milhões). No Nordeste, a retração do abate persistiu durante dois anos a partir do 1T2019 (684 mil), chegando ao nível mais baixo no 1T2021 (488 mil), com discreta alta de 0,68% nos dois 3 e 4T2021. Contudo, no País, a oferta de boi gordo ainda continua baixa, as exportações em alta, o poder de compra da população retraído, fatores que mantêm pressionados os preços da carne bovina e a demanda para as carnes de frango e suína, além de outras proteínas mais baratas. Assim, o comércio global é uma janela factível para que o setor pecuário nacional e colaborar na recuperação econômica para o Brasil e o Nordeste.