CARCINICULTURA
v. 8 n. 318 (2023)
Palavras-chave:
Penaeus vannamei, Whiteleg shrimp, camarão, produção, mercado, NordesteResumo
A produção mundial de camarão da espécie Penaeus vannamei (Whiteleg shrimp) está concentrada na Ásia, enquanto os principais mercados consumidores estão nos Estados Unidos, União Europeia e Japão. Estima-se que a produção cultivada atinja 7,86 milhões de toneladas em 2024, com crescimento de 7,52% aa., na série de 2017 a 2021. Ainda em 2021, dados da FAO (2024) indicam o valor de US$ 29,66 bilhões da produção. A crescente demanda global pelo crustáceo deverá ser atendida pela carcinicultura, pois o volume de camarão oriundo da pesca está declinando. O Nordeste responde por quase toda a produção nacional, 112,85 mil toneladas (99,60%), com valor estimado em R$ 2,30 bilhões. No comércio exterior, o destaque é a abertura do mercado europeu (Noruega, Dinamarca, Reino Unido etc.). De janeiro a novembro de 2023, as exportações de camarões nordestinas para 42 países faturaram US$ 106 mil, bem abaixo dos US$ 1,33 milhão para o mesmo período de 2022, recuo justificado por problemas geopolíticos, econômicos e fiscais das principais economias e climáticos. As expectativas de demanda aquecida são boas para 2024, considerando a melhoria do poder de compra do mercado doméstico, da redução significativa da taxa de desocupação, ancoradas em uma nova política econômica e fiscal em curso. No cenário externo, as medidas de controle inflacionário sinalizam arrefecimento e a melhoria do ambiente de negócios, especialmente estaduniense. Não obstante, a região Nordeste possui know-how para o mercado externo e a produção em cativeiro ganha cada vez mais importância na geração de emprego e renda com qualidade, são cerca de quase 7 mil postos de trabalho com carteira assinada no Brasil