PRODUÇÃO E MERCADO DE ETANOL
v. 6 n. 159 (2021)
Palavras-chave:
Nordeste, setor sucroalcooleiro, biocombustíveisResumo
O Brasil é o segundo maior produtor global de etanol, porém, muito atrás dos Estados Unidos que é o maior produtor, consumidor e exportador do biocombustível no mundo. A forte redução em viagens e o isolamento social em 2020 devido à Covid 19 impactou negativamente o setor, entretanto, com o relaxamento das medidas para o controle da Pandemia e as frequentes altas no preço do petróleo, a competitividade do etanol frente à gasolina voltou a crescer em importantes centros consumidores do País.
Para 2021, diante do agravamento da situação sanitária no Brasil, a restrição ao deslocamento poderá ser intensificada e a demanda por combustíveis pode voltar a cair. O açúcar deverá continuar mais remunerador que o etanol; assim, espera-se que maior percentual da matéria-prima seja direcionado para a fabricação do adoçante, com consequente redução da produção do hidratado. A produção do anidro não deve ser reduzida, pois acompanha o volume de vendas da gasolina. Com relação à comercialização, não
se espera que ocorra grande redução da cotação do etanol, pois as expectativas são de que os preços do petróleo em 2021 permaneçam em patamares superiores aos de 2020. Assim, mesmo em meio a um cenário desfavorável, o etanol permanece competitivo frente à gasolina.