AÇÚCAR: CENÁRIO MUNDIAL E SITUAÇÃO DE PRODUÇÃO NO BRASIL E NO NORDESTE BRASILEIRO
v. 6 n. 162 (2021)
Palavras-chave:
Nordeste, setor sucroenergéticoResumo
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de açúcar, respondendo por aproximadamente 18% da produção e 36% do comércio global do produto. Nas últimas duas safras, os baixos preços desestimularam a produção, porém, no início de 2020, a cotação do açúcar voltou a subir em decorrência da menor oferta em países como Índia e Tailândia. Além disso, a desvalorização do Real frente ao Dólar favoreceu as exportações brasileiras. Para a próxima safra, espera-se crescimento da produção mundial, mas o consumo também deverá ser ampliado reduzindo os estoques, portanto, as cotações devem ser mantidas. No Brasil, além da melhora dos preços do açúcar, houve redução da demanda por etanol devido ao isolamento social e à queda do preço do petróleo. A retomada da cotação dos combustíveis fósseis a partir de maio de 2020 possibilitou a recuperação rápida do setor produtor
de etanol; mesmo com o recrudescimento da Pandemia, o biocombustível continua competitivo em muitos centros consumidores do País. Entretanto, o açúcar segue mais remunerador que o etanol, assim as usinas com destilarias devem continuar direcionando maior quantidade de matéria-prima para a produção do adoçante. A conjuntura favorável dos mercados mundial e brasileiro também beneficiou o setor sucroenergético nordestino, entretanto, persiste a necessidade de maiores investimentos em tecnologia agrícola para elevar sua competitividade.