INDÚSTRIA DE BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS
v. 6 n. 175 (2021)
Palavras-chave:
Bebidas Não Alcoólicas, Covid-19, PerspectivasResumo
Com o advento da pandemia da Covid-19 em 2020, e sua continuidade no início de 2021, tem havido forte impacto no consumo de bebidas não alcoólicas em todo o mundo, o que se refletiu na queda das vendas em 2020. Além das consequências de curto prazo para as vendas, a pandemia pode trazer mudanças importantes no comportamento do consumidor no médio e longo prazo. Essas mudanças provavelmente envolverão maior consumo de bebidas em casa e a consolidação da adoção do comércio eletrônico como canal de compra e venda. Em termos de dinâmica do mercado brasileiro, a crise provocada pela pandemia da Covid-19 levou a uma queda de apenas 0,6% nas vendas de bebidas não alcoólicas, com impacto mais significativo nas vendas em bares e restaurantes, cuja participação nas vendas totais é pequena. O foco ao longo de 2021 continuará sendo a agilidade em termos de mix de embalagens e mix de canais de venda para as marcas principais. Com isso, os maiores players do setor (por exemplo, Coca Cola, Pepsi, AMBEV) estão em melhor posição para se adaptar. As tendências relacionadas ao mercado brasileiro não devem ser diferentes daquelas apresentadas para o mercado mundial, guardadas algumas características específicas do mercado nacional como, por exemplo, a persistente desigualdade de renda, que torna o consumo de itens não essenciais mais suscetível às crises econômicas (como a causada pela pandemia) para a maioria da população. Essas tendências devem ser consideradas quando da análise de pertinência e viabilidade de novos investimentos do setor de bebidas não alcoólicas no Nordeste.