CAFÉ
v. 7 n. 245 (2022)
Palavras-chave:
arábica, conilon ou robusta, mercado, bienalidadeResumo
O Brasil é o maior produtor mundial de café (36,4 milhões de sacas) e responde por 27,0% das exportações mundiais. As expectativas para 2022/23 são de maior oferta brasileira de café (64,3 milhões de sacas), aumento de 10,7% em relação à safra passada, principalmente em função do ano de bienalidade positiva. Contudo, comparando-se os últimos períodos de bienalidade positiva, a produção mundial da safra 2022/23 ainda não atingirá a quantidade obtida na safra 2020/21, e os estoques ainda ficarão com defasagem de 3,0 milhões de sacas. Isto porque, a produção do arábica também está con[1]dicionada às condições climáticas adversas em algumas áreas do Brasil, ocorridas em 2021, como chu[1]vas abaixo da média até setembro e fortes geadas em junho/julho, reduzindo o potencial de produção nacional para a próxima safra. A produção do conilon deve se beneficiar com as condições climáticas acima da média, bom manejo da cultura e aumento da área colhida. Na Área de Atuação do BNB, a produção de café está concentrada no Norte do Espírito Santo (64,4%), na Bahia (23,9%) e no Norte de Minas Gerais (11,7%). Estima-se para 2022, uma produção de 15,3 milhões de sacas, com maior parti[1]cipação do conilon (76,6%). No acumulado de janeiro a julho de 2022, a Região Nordeste exportou 36,1 mil toneladas, para 62 países, no valor de US$ 130,21 milhões, com principal destino para os Estados Unidos, Alemanha e Espanha. As exportações caíram 5,1%, mas o faturamento aumentou 59,8%, em relação a 2021. O Ministério da Agricultura estima que o Valor Bruto da Produção de café, para 2022, alcance cerca de R$ 62,16 bilhões, alta de 35,8% em relação a 2021. O VBP do Nordeste deve alcançar R$ 4,04 bilhões, praticamente o VBP da Bahia (R$ 4,02 bilhões)