AÇÚCAR
v. 7 n. 215 (2022)
Palavras-chave:
Nordeste, setor sucroenergéticoResumo
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de açúcar; na safra 2020/21, respondeu por aproximadamente 23% da produção e por 51,3% do comércio global do produto. A forte desvalorização do Real frente ao Dólar a partir do início de 2020 favoreceu as exportações brasileiras; por outro lado, elevou os custos de produção pois grande parte dos insumos são importados. Para a safra 2021/22, espera-se um pequeno crescimento da produção mundial; a grande redução na produção brasileira nessa safra, em decorrência de fatores climáticos adversos como seca e geadas, deverá ser compensada pelo crescimento na Tailândia, União Europeia, Índia e Rússia. Entretanto, o consumo deve crescer; assim, os estoques mundiais tendem a ser reduzidos, contribuindo para a manutenção do preço a nível global. No Brasil, a produção de açúcar pode ser desestimulada diante do Dólar mais fraco e do petróleo mais valorizado por causa da guerra na Ucrânia. A conjuntura favorável dos mercados mundial e brasileiro também beneficiou o setor sucroenergético nordestino; entretanto, persiste a necessidade de maiores investimentos em tecnologia agrícola para elevar sua competitividade.