A GRANDE SECA E AS FONTES DE OCUPAÇÃO E RENDA DAS FAMÍLIAS RURAIS NO NORDESTE DO BRASIL (2011-2015)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61673/ren.2020.1090

Palavras-chave:

Famílias Rurais, Nordeste, Ocupações Não Agrícolas, Pluriatividade, Seca

Resumo

O objetivo deste artigo é identificar e analisar as principais fontes de ocupação e renda das famílias rurais no Nordeste do Brasil durante a Grande Seca que atingiu a região entre 2012 e 2015. Para tanto, utiliza-se os microdados da PNAD, do IBGE. Em linhas gerais, o trabalho mostra que apesar da crise das atividades agropecuárias provocada pela maior seca da história nordestina nos últimos 100 anos, não se verificou um esvaziamento das áreas rurais da região como em décadas passadas. Isso porque tal crise foi compensada, em parte, pelo acesso da população do campo à ocupações e rendas não agrícolas. Os dados compilados sugerem que o referido processo tem sido potencializado pela crescente democratização dos meios de transporte e de comunicação entre as famílias rurais, o que facilita a sua inserção em setores não agrícolas (indústria, comércio e serviços) nas áreas urbanas dos municípios da região. Os pilares de sustentação desse “novo rural nordestino” mais resiliente às secas, contudo, estão assentados principalmente na capilaridade e no volume de recursos liberados regularmente pelas políticas sociais do governo federal, que, além de combater a pobreza e a fome, geram estabilidade para as economias locais independente do volume das chuvas.

Biografia do Autor

Joacir Rufino de Aquino, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Economista filiado ao CORECON-RN, graduado em Economia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (2000) e Mestre em Economia Rural e Regional pela Universidade Federal de Campina Grande (2003). Atualmente é Professor Adjunto IV na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Campus de Assú) e Sócio-Efetivo da Academia Assuense de Letras (AAL). Foi agraciado com o Título de Economista do Ano 2016 pelo CORECON/RN e é Representante Regional da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER) no Nordeste (Gestão 2017-2019). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Rural e Regional, atuando nos seguintes temas: agricultura familiar e desenvolvimento rural, avaliação de políticas públicas, financiamento rural, pobreza rural e políticas sociais para o campo, economia do Nordeste semiárido, desenvolvimento econômico e meio ambiente, socioeconomia do Rio Grande do Norte e da microrregião do Vale do Açu. Participa, como pesquisador, dos seguintes grupos de pesquisa: Gestão do Território e Desenvolvimento Regional (UERN), Desenvolvimento Regional: agricultura e petróleo (UERN), Laboratório de Estudos Rurais (UFRN) e Grupo de Estudos e Pesquisas Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Carlos Alves do Nascimento, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Ceará (1995), mestrado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (2002) e doutorado em Economia Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Atualmente é Professor do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia. Ministra as disciplinas Economia Agrária I e Economia Marxista I na graduação e a disciplina Teorias do Desenvolvimento na pós-graduação. É parecerista de periódicos científicos do Brasil. Pesquisa nas áreas de economia rural e do desenvolvimento, tendo como temas a agricultura familiar, as mudanças no mercado de trabalho rural e a pluriatividade das famílias rurais, as políticas públicas, a pobreza rural e a reprimarização da economia nacional. Recebeu, da SOBER, prêmio de Honra ao Mérito pela Dissertação de Mestrado. A Tese de Doutorado foi publicada em livro pelo BNB.

Downloads

Publicado

2020-06-17

Como Citar

Aquino, J. R. de, & Nascimento, C. A. do. (2020). A GRANDE SECA E AS FONTES DE OCUPAÇÃO E RENDA DAS FAMÍLIAS RURAIS NO NORDESTE DO BRASIL (2011-2015). Revista Econômica Do Nordeste, 51(2), 81–97. https://doi.org/10.61673/ren.2020.1090

Edição

Seção

Artigos