AGÊNCIAS, TÉCNICAS, CUSTOS E OFERTA DE ÁGUA EM COMUNIDADES RURAIS DE JANUÁRIA, SEMIÁRIDO DE MINAS GERAIS
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2022.1150Palavras-chave:
agricultura familiar, Semiárido, programas públicosResumo
No Semiárido do Norte de Minas Gerais, no Alto-Médio rio São Francisco, os “gerais” são chapadões arenosos de vegetação de porte baixo e veredas, marcado por baixa precipitação, altas temperaturas, regimes de chuvas irregulares e secas frequentes. Este artigo analisa a dinâmica das secas em duas comunidades rurais dos gerais, identificando as agências que mediam a oferta de água, as técnicas empregadas no abastecimento e estimando os custos com provimento de água. Para alcançar esses resultados foram feitas consultas a documentos, entrevistas, medições de consumo e observações de campo no período 2017/2019, em estações secas e chuvosas. O artigo mostra que, apesar de anos seguidos de secas e “veranicos” prolongados, o arranjo para abastecimento doméstico baseado na combinação poço artesiano / cisterna de placa assegura à população rural níveis satisfatórios de consumo de água. No entanto, o arranjo não assegura água no longo prazo e há necessidade de ações sistemáticas das agências estatais e da sociedade civil especializadas em abastecimento de água.