FNE e o semiárido: da obrigação à otimização

Autores

  • José Carlos Aziz Ary Banco do Nordeste do Brasil S/A

DOI:

https://doi.org/10.61673/ren.2013.28

Palavras-chave:

Semiárido, Estiagem, Bioma caatinga, Preservação ambiental, Desertificação, Financiamento, Diretrizes de crédito.

Resumo

O presente artigo refere-se ao preceito constitucional de aplicação na parte semiárida do Nordeste de pelo menos 50% do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), administrado pelo Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB). Esta obrigação foi instituída com o objetivo de compensar os seculares efeitos negativos da irregularidade climática e, por via de consequência, reduzir as disparidades intrarregionais. O desafio decorrente tem revelado de difícil realização em face das desvantagens comparativas dessa porção territorial, em relação ao restante da região jurisdicionada pelo Banco. Os esforços até hoje empreendidos, traduzidos em incentivos creditícios no sentido de orientar as aplicações do setor privado prioritariamente para o semiárido, não têm apresentado a eficácia esperada. Este trabalho inclui uma variada gama de sugestões de aplicação dos recursos desse fundo no semiárido, respeitando a compatibilidade com a preservação do bioma Caatinga e com as leis do mercado. Outras ações complementares ao crédito no semiárido são também citadas, destacando-se os setores de infraestrutura hídrica e de transportes, bem como educação e saúde, com recursos de fontes como a Sudene, a Caixa Econômica Federal e o Tesouro Nacional, entre outras.

Biografia do Autor

José Carlos Aziz Ary, Banco do Nordeste do Brasil S/A

Bacharel em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Urbanismo e Planificação Territorial (Urbanisme et Aménagement du Territoire) pela Universidade Católica de Lovaina (Bélgica). Doutorando em Planificação Territorial
e Desenvolvimento Regional na Universidade de Barcelona (Espanha). Técnico do Banco do Nordeste do Brasil.

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Publicado

2016-03-18

Como Citar

Ary, J. C. A. (2016). FNE e o semiárido: da obrigação à otimização. Revista Econômica Do Nordeste, 44, 199–212. https://doi.org/10.61673/ren.2013.28