Indústria incentivada e impactos socioambientais no Nordeste

Autores

  • José Elesbão de Almeida Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

DOI:

https://doi.org/10.61673/ren.2004.768

Palavras-chave:

Indústria incentivada, Crescimento Econômico, Urbanização, Impactos Ambientais.

Resumo

Este trabalho pretende fazer um breve diagnóstico sobre alguns impactos econômicos, sociais e ambientais provocados pela industrialização incentivada pela Sudene no Nordeste brasileiro, no período compreendido entre os anos 1960 e 1990. Pretendeu-se traçar um perfil das indústrias que se instalaram na região via incentivos institucionais, principalmente, dos segmentos de bens intermediários com particular ênfase para os ramos industriais da química, metalurgia, minerais não-metálicos, materiais elétrico e de comunica ções e papel e papelão, os quais encontram-se entre os setores que mais se beneficiaram do sistema de incentivos na perspectiva de avaliar sucintamente as mudanças ocorridas na estrutura produtiva da economia nordestina e o impacto dessas mudanças sobre a estrutura socioeconômica regional, sobretudo, no que respeita à questão da urbanização e às mudanças nas relações sociais de produção e de trabalho, além da dimensão social e ambiental. Constatou-se, portanto, que no referido período, a economia nordestina passou por um conjunto de transformações bastante significativas na sua base produtiva, notadamente no que se refere ao crescimento industrial, o que proporcionou um crescimento exponencial do produto por habitante. No entanto, pôde-se depreender que os segmentos industriais mais privilegiados pelo mecanismo dos incentivos, entre os quais se sobressaem os ramos da química, metalurgia e minerais não-metálicos, além de não gerarem emprego em nível satisfatório, deixaram à margem a preocupação com a questão ambiental, caracterizando-se, portanto, como mais intensivos em tecnologia e energia elétrica, mais intensivos em recursos naturais renováveis e não-renováveis e, em conseqüência, mais poluidores do meio ambiente e industrialmente mais sujos.

Biografia do Autor

José Elesbão de Almeida, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (1997), mestre em Economia pela Universidade Federal da Paraíba (2001) e doutor em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009). É professor adjunto IV do Departamento do Economia da UERN. Tem experiência na área de História Econômica, Desenvolvimento Econômico e Economia Regional. Desenvolve pesquisas sobre os impactos dos royalties do petróleo e gás na economia do Rio Grande do Norte e sobre energia eólica no litoral do Nordeste. É líder do Núcleo de Estudos em Economia Política do Desenvolvimento - NEEPOD. Atualmente ocupa a Chefia do Setor Administrativo de Incubadoras da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - PROPEG/UERN

Downloads

Publicado

2017-12-26

Como Citar

de Almeida, J. E. (2017). Indústria incentivada e impactos socioambientais no Nordeste. Revista Econômica Do Nordeste, 35(2), 234–263. https://doi.org/10.61673/ren.2004.768

Edição

Seção

Artigos