A crise do planejamento, a economia da inovação e o desenvolvimento regional
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2014.106Palavras-chave:
Planejamento, Desenvolvimento Regional, Inovação, Economia do Conhecimento.Resumo
É reconhecido que o planejamento apresenta uma forte correlação com o desenvolvimento econômico desde os primeiros escritos de Henri Saint-simon, precursor desse campo de estudo. O caráter ativo do Estado de bem estar nacional vigente no pós-segunda guerra mundial e o franco processo de crescimento econômico internacional neste período (1945-1970) fizeram com que o planejamento econômico fosse fortemente influenciado pela linha keynesiana. Contudo a crise do padrão de acumulação keynesiano-fordista, a partir da década de 1970, marcou a crise do planejamento, que perdeu espaço nas esferas política e acadêmica. No mesmo contexto, ascendeu um novo padrão de acumulação, baseado num modelo flexível e na competição via inovação e conhecimento. Este modelo deu origem a uma nova forma de ação estatal na economia, a qual deveria se voltar à promoção da capacidade tecnológica local, com vistas a gerar ganhos de competitividade no mercado internacional. Entende-se que este contexto seria favorável à retomada do planejamento, o que não aconteceu. Mesmo sendo o Estado ativo no contexto da economia do conhecimento, o planejamento praticamente não se reergueu da crise instalada ainda na década de 1970. Defende-se aqui que o uso da economia do conhecimento e da inovação na promoção do desenvolvimento regional abre espaço para a retomada do planejamento como política efetiva de governo.Downloads
Publicado
2016-05-06
Como Citar
dos Santos, U. P. (2016). A crise do planejamento, a economia da inovação e o desenvolvimento regional. Revista Econômica Do Nordeste, 45(4), 17–34. https://doi.org/10.61673/ren.2014.106
Edição
Seção
Artigos