ECONOMIA AGRÍCOLA, ECOFISIOLOGIA E RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO: A OPÇÃO ALGODÃO

Autores

  • Dr. Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

DOI:

https://doi.org/10.61673/ren.2001.1822

Palavras-chave:

Desenvolvimento regional, Cotonicultura, Agroecossistema, Irrigação, Sequeiro, Nordeste

Resumo

Verifica sumariamente o biotopo do semiárido, com ênfase à ecofisiologia e às relações solo-água-planta, elemento da biocenose no semi-árido nordestino. Enfatiza os problemas ocasionados pelas condições de solo e clima, em especial a elevada temperatura e a radiação solar sobre os agroecossistemas, bem como as possibilidades de torná-los mais sustentáveis. Inserese o algodão, tanto o herbáceo (Gossypium hirsutum L.r. latifolium Hutch.) quanto o perene (Gossypium sp.) e híbridos, como o algodão 7MH, no contexto do semi-árido nordestino, espécies de ampla possibilidade de sucesso, face à grande plasticidade fenotípica que possuem. A região dispõe de mais de três milhões e quinhentos mil hectares irrigáveis, em que o algodão é uma opção real, rentável e sustentável, e mais de 29 milhões de hectares agricultáveis (19% da área total) em regime de sequeiro. Conclui que com o uso de novas tecnologias, como cultivares mais precoces, alternativas de controle de pragas, quase ausência de doença, devido ao clima seco e melhor manipulação cultural, é possível produzir-se algodão com rentabilidade e de qualidade excepcional, um dos melhores do mundo, além de gerar milhares de empregos e colaborar na distribuição da renda nacional.

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Biografia do Autor

Dr. Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, ano de 1972, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento e Pecuária. Possui Mestrado em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará, 1976, e doutorado em fitotecnia, área de concentração fisiologia da produção pela Universidades Federais de Viçosa, MG, 1982. Pós-Doctor em Engenharia Agrícola, Universidade Federal de Campina Grande, PB e Bolsista do CNPq , Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora. É professor Senior da Universidade Estadual da Paraíba. Trabalha em pesquisa e desenvolvimento há 39 anos, dos quais 37 na Embrapa tendo produzido, mais de 200 artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais e participou da feitura de mais de duas dezenas de tecnologias para as culturas do algodão, da mamona do amendoim e do gergelim. Tem três cursos de pós-graduação em gerenciamento de pesquisa e gestão de processos e gerencia de competências, e um curso sobre a construção de cenários. É professor colaborador na UFPB (Campus de Areia) onde ministra várias disciplinas na pós-graduação e na orientação de dissertações de mestrado e teses de doutorado, ao todo mais de 80 teses orientadas e 15 em orientação. É pesquisador da Embrapa Algodão desde 1976 onde exerceu diversas funções de gerenciamento de P&D, tais como coordenador do Programa Nacional do Algodão, Chefe Adjunto Técnico, Chefe Adjunto de P&D, Secretário Executivo da Comissão de Programa 07 (Matérias-Primas) por dois períodos, cerca de 10 anos e Chefe Geral da Embrapa Algodão, por um período de 5 anos. Tem 30 livros publicados em temas agronômicos, com destaque para o sobre o Agronegócio do algodão no Brasil, o sobre o Agronegócio do gergelim no Brasil, autor de vários capítulos do livro sobre o Agronegócio do Sisal no Brasil e um dos editores dos livros O agronegócio da mamona no Brasil e O agricultor pergunta e a Embrapa resposta, 500 perguntas e 500 respostas sobre a mamona e outo semelhante sobre gergelim. Já recebeu diversos prêmios por trabalhos publicados e desempenho acadêmico, destacando-se o Prêmio Banorte e o ANDEF do Manejo Integrado. Já ministrou mais de 1200 palestras em diversos eventos e apresentou mais de 500 trabalhos em Congressos e Seminários. No total a produção científica ultrapassa 1000 obras. Há mais de 26 anos trabalha com a mamona , tendo desenvolvido várias tecnologias, com destaque para o consorcio mamona + feijão vigna ou Phaseolus. Tem também experiência em pesquisa e desenvolvimento nas culturas do gergelim e do amendoim e também do sisal, sendo editor de um livro sobre esta cultura.Atualmente vem se dedicando a cultura da mamona com vinculação energética para a produção de biodiesel, sendo membro fundador da Rede Nordestina de Biodiesel. Tem dois livros publicados na área de Estatística Experimental. Tem-se dedicado também a cultura do pinhão manso, com vários trabalhos já publicados e várias orientações de teses de doutorado e dissertações de mestrado em andamento com esta oleaginosa, sendo três já concluidas. É consultor Ad Hoc de vários periódicos e de Fundações de Amparo a Pesquisa. É na atualidade Chefe Geral da Embrapa Algodão, via concurso público, e orientador de mais de 15 alunos, a nível de mestrado e doutorado junto de varias universidades, com destaque par a UEPB e a UFPB. Leciona na UFPB, na Pós-Graduação em Agronomia, ministrando por ano três disciplinas. É membro fundador e presidente da Sociedade Brasileira de Fibrosas e Oleaginosas. É professor na UEPB , Curso de Mestrado em Ciencias Agrárias e Coordenador e professor do Curso de Pós-Graduação em Gestão de Agronegócios da Facudade Anglo Americano. 

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Publicado

2023-09-05

Como Citar

Beltrão, N. E. de M. (2023). ECONOMIA AGRÍCOLA, ECOFISIOLOGIA E RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO: A OPÇÃO ALGODÃO. Revista Econômica Do Nordeste, 32(2), 252–273. https://doi.org/10.61673/ren.2001.1822

Edição

Seção

Artigos