ECONOMIA AGRÍCOLA, ECOFISIOLOGIA E RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO: A OPÇÃO ALGODÃO
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2001.1822Palavras-chave:
Desenvolvimento regional, Cotonicultura, Agroecossistema, Irrigação, Sequeiro, NordesteResumo
Verifica sumariamente o biotopo do semiárido, com ênfase à ecofisiologia e às relações solo-água-planta, elemento da biocenose no semi-árido nordestino. Enfatiza os problemas ocasionados pelas condições de solo e clima, em especial a elevada temperatura e a radiação solar sobre os agroecossistemas, bem como as possibilidades de torná-los mais sustentáveis. Inserese o algodão, tanto o herbáceo (Gossypium hirsutum L.r. latifolium Hutch.) quanto o perene (Gossypium sp.) e híbridos, como o algodão 7MH, no contexto do semi-árido nordestino, espécies de ampla possibilidade de sucesso, face à grande plasticidade fenotípica que possuem. A região dispõe de mais de três milhões e quinhentos mil hectares irrigáveis, em que o algodão é uma opção real, rentável e sustentável, e mais de 29 milhões de hectares agricultáveis (19% da área total) em regime de sequeiro. Conclui que com o uso de novas tecnologias, como cultivares mais precoces, alternativas de controle de pragas, quase ausência de doença, devido ao clima seco e melhor manipulação cultural, é possível produzir-se algodão com rentabilidade e de qualidade excepcional, um dos melhores do mundo, além de gerar milhares de empregos e colaborar na distribuição da renda nacional.