REGULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: UMA ABORDAGEM PARA O NORDESTE DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.1999.2026Palavras-chave:
Desenvolvimento Regional-Nordeste, Regulação, Reestruturação Produtiva, Fordismo, Fordismo periférico, Economia Regional-Nordeste, Brasil- NordesteResumo
Este trabalho tem por objetivo discutir aspectos do desenvolvimento da economia nordestina, nos últimos anos, a partir do arcabouço teórico e metodológico da chamada Escola Francesa da Regulação-EFR. Partimos desse referencial por acreditarmos que sua utilização poderá trazer importantes contribuições para essa área de estudo, inclusive, por tentar salientar questões normalmente colocadas à margem quando do tratamento tradicional dos problemas no campo da economia regional: aspectos da economia política e os efeitos da coesão e organização social enquanto elementos endógenos ao desenvolvimento econômico. Nosso ponto de partida foi o conceito de fordismo periférico, o qual, utilizamos para aproximar os eventos da economia brasileira de toda estrutura conceitual e metodológica desenvolvida pelos teóricos da EFR. A partir de então analisamos de que forma o extravasamento das atividades produtivas no país, notadamente a partir da segunda metade dos anos cinquenta, período em que modelo fordista se expande nos países capitalistas, tornando-se hegemônico, rebateu sobre a Região Nordeste. A chave dessa questão está exatamente em verificarmos o paralelismo do desenvolvimento desse regime de acumulação e modo de regulação específicos (e suas respectivas formas estruturais de regulação) com o modelo substitutivo de importações que foi característico, no país, a partir da Segunda guerra mundial.




