NEODESENVOLVIMENTISMO NO CEARÁ: AUTONOMIA EMPRESARIAL E POLÍTICA INDUSTRIAL
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.1997.2112Palavras-chave:
Política Industrial, Industrialização Regional-Ceará, Desenvolvimento Regional, Brasil-CearáResumo
Trata das mudanças políticas-econômicas deflagradas no Estado do Ceará a partir do primeiro governo Tasso Jereissati. Inicia com uma discussão do papel do Artigo 34/18 e posteriormente do FINOR na estruturação da indústria nordestina e especificamente a cearense. Mostra a importância da intervenção do Estado na sustentação do projeto de industrialização regional. De um lado, argumenta que os empresários integrantes do CIC são frutos deste modelo de modernização. De outro, as críticas levantadas pelos integrantes do CIC ao modelo de intervenção do regime militar coincidiram com as origens sociais e posição ocupada pelo empresariado cearense na produção. A defesa da mudança administrativa e a valorização do gerenciamento empresarial são resultados da visão predominante no âmbito do grupo e, nela de evidenciam duas características: a prevalência da média empresa e a existência de valores competitivos. Conclui com uma avaliação da política industrial e suas contradições, assinalando a reprodução de elementos desenvolvimentistas (grandes projetos) e, ao mesmo tempo, politicas direcionadas à promoção de mercados através do apoio à micro, pequena e média empresa.