AGRICULTURA FAMILIAR EM TRANSFORMAÇÃO NA AMAZÓNIA: O CASO DE CAPITÃO POÇO E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A POLÍTICA E O PLANEJAMENTO AGRÍCOLAS REGIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.1996.2124Palavras-chave:
Agricultura Familiar, Desenvolvimento Agrícola, Capitão Poço, Brasil-Região Norte-ParáResumo
As análises sobre o desenvolvimento agrícola na Amazônia partem da noção (e no geral a confirmam) de que se reproduziriam, aqui, as formas de evolução da fronteira em que as frentes camponesas, fundamentadas na shifting cultivation (agricultura Itinerante), esgotariam suas possibilidades em uma área para, em seguida, reproduzirem-se em outra, as quais, assimilando o trabalho ali incorporado, procederiam uma "acumulação primitiva", em si fundamental para sua consolidação in limine. Não se vislumbra, nessa perspectiva, a possibilidade de uma transformação "por dentro" da própria agricultura familiar uma reformulação essencial dos seus padrões técnicos que pudesse confirmá-la num mesmo espaço. Os limites na formação de capital mostrar-se-iam absolutos, nesse mister, bloqueando processos de eficientização econômica que rompessem com os padrões da agricultura itinerante de pousio longa. O presente artigo analisa a validade dessa hipótese, considerando o estudo de caso do município de Capitão Poço, no estado do Pará.




