Dez anos do programa Agroamigo na região Nordeste: evolução, resultados e limites para o fortalecimento da agricultura familiar
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2015.46Palavras-chave:
Agricultura Familiar, Microcrédito, Pobreza Rural, Diversificação.Resumo
O objetivo deste artigo é fazer um balanço da primeira década de existência do Programa de Microcrédito Rural AGROAMIGO na região Nordeste do Brasil e discutir de forma crítica os seus principais avanços e limites para o fortalecimento da agricultura familiar e promoção da qualidade de vida no meio rural. Para tanto, recorreu-se à revisão bibliográfica da literatura produzida sobre o tema e à compilação e análise das estatísticas oficiais referentes às operações contratadas pela referida política no período de 2005 a 2014. Em linhas gerais, o trabalho mostra que o AGROAMIGO tem alcançado resultados quantitativos importantes em sua operacionalização. Desde que foi criado, o Programa realizou mais de 2,4 milhões de operações de crédito e aplicou uma cifra superior a R$ 5,6 bilhões, com uma taxa de adimplência superior a 95%. Entretanto, a pesquisa empreendida indica que o AGROAMIGO apresenta ainda um baixo grau de cobertura e efeitos socioeconômicos limitados. Entre os fatores que entravam sua capacidade de combater a pobreza e reduzir a vulnerabilidade climática que caracteriza a maioria dos agricultores familiares nordestinos destaca-se a permanência do viés setorial pecuário do PRONAF B e a baixa diversificação das atividades financiadas, bem como a incipiente articulação das políticas públicas voltadas a melhorar o bem-estar social da população residente no campo.Downloads
Publicado
2016-03-31
Como Citar
Aquino, J. R. de, & Bastos, F. (2016). Dez anos do programa Agroamigo na região Nordeste: evolução, resultados e limites para o fortalecimento da agricultura familiar. Revista Econômica Do Nordeste, 46, 139–160. https://doi.org/10.61673/ren.2015.46
Edição
Seção
Artigos