Há superestimações das taxas de pobreza nas regiões do Brasil?

Autores

  • Marcelo Bentes Diniz Universidade Federal do Pará - UFPA
  • Ronaldo de Albuquerque e Arraes Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.61673/ren.2008.483

Palavras-chave:

http, //lattes.cnpq.br/1044002003893499

Resumo

O artigo investiga as possíveis distorções na aferição da taxa de pobreza, ou a proporção de pobres no Brasil, de acordo com a literatura. Para tanto, realiza duas simulações onde, na primeira, considera a renda domiciliar per capita da população dos Estados, compreendendo as áreas urbana e rural, de acordo com a divisão adotada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do (IBGE), tomada como referência na análise. Na segunda simulação, também em nível estadual, verifica apenas a pobreza inserida no espaço urbano. Adota distintas linhas de pobreza em cada simulação, para contrastar com os resultados das duas estimativas geralmente aceitas pela literatura: Rocha (2004) e Ipeadata (2008). Dá contribuição específica ao utilizar uma metodologia norteada sob rígidos critérios estatísticos que denotam a escolha ótima da função densidade que melhor se ajuste à distribuição de renda da população de cada Estado de onde extrai a taxa de pobreza. As inferências sobre os resultados, conduzem à indicação de que possivelmente haja superestimação em outros métodos de avaliação das taxas de pobreza. Comprova ainda, que a distribuição de renda entre os Estados não é única e que a taxa de pobreza se relaciona inversamente com o tamanho econômico do Estado.

Biografia do Autor

Marcelo Bentes Diniz, Universidade Federal do Pará - UFPA

Possui graduação em Economia pela Universidade Federal do Pará (1993), mestrado no Curso de Pós-Graduação em Economia - CAEN pela Universidade Federal do Ceará, com concentração em Teoria Econômica (1997), doutorado também no Curso de Pós-Graduação em Economia - CAEN pela Universidade Federal do Ceará (2005), com concentração em Desenvolvimento Econômico e Regional e Pós-Doutorado na University of Florida (2015). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia dos Recursos Naturais e Desenvolvimento Econômico, atuando principalmente nos seguintes temas: desigualdade e pobreza, Amazônia, valoração do meio ambiente, indústria brasileira, competitivida e desenvolvimento local.

Ronaldo de Albuquerque e Arraes, Universidade Federal do Ceará - UFC

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Ceará (1975), mestrado em Economia pela Universidade Federal do Ceará (1978) e doutorado em Economia Agrícola - University of Georgia (1983). Atualmente é servidor público da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: crescimento/desenvolvimento econômico, distribuição de renda, econometria aplicada.

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Publicado

2017-05-04

Como Citar

Diniz, M. B., & e Arraes, R. de A. (2017). Há superestimações das taxas de pobreza nas regiões do Brasil?. Revista Econômica Do Nordeste, 39(4), 483–502. https://doi.org/10.61673/ren.2008.483

Edição

Seção

Artigos