Inserção ocupacional precoce no Nordeste do Brasil: seus efeitos sobre a educação e o salário do trabalhador
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2008.484Palavras-chave:
Trabalho infantil, Educação, Salário.Resumo
Descreve e alerta sobre os impactos negativos da inserção ocupacional precoce para o desenvolvimento humano (medido em nível de escolaridade) e produtivo do indivíduo (medido em termos de salário e condição de ocupação). Para tal, utilizaram-se às informações colhidas através da PNAD de 1995 e 2005 visando estimar, através de modelos econométricos, as conseqüências advindas do ingresso prematuro na região Nordeste. Os resultados mostram que o adiamento do ingresso ocupacional é fator decisivo na elevação da escolaridade, no salário recebido e no tipo de ocupação na fase adulta. Também indicam que, apesar da relativa melhoria no que se refere ao retardamento da entrada do indivíduo no mercado de trabalho, a idade média de ingresso para os indivíduos nascidos na década de 1980 (15 anos) é superior em apenas 2,5 anos a idade média para os nascidos na década de 1940, quando praticamente não existia a atuação do governo no mercado de trabalho nem a difusão de pesquisas que mostrassem o impacto negativo da inserção precoce. Por fim, ressalta a necessidade de instrumentos mais eficazes que inibam a inserção da criança no trabalho e ampliem sua participação na escola, principalmente nos estados mais pobres da região Nordeste.Downloads
Publicado
2017-05-04
Como Citar
do Monte, P. A. (2017). Inserção ocupacional precoce no Nordeste do Brasil: seus efeitos sobre a educação e o salário do trabalhador. Revista Econômica Do Nordeste, 39(4), 540–556. https://doi.org/10.61673/ren.2008.484
Edição
Seção
Artigos